Pai de menina encontrada morta em lixeira acha diário que ‘previa’ morte

A dor da perda da pequena Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, brutalmente assassinada no Rio de Janeiro, se intensifica com a descoberta de um diário escrito pela menina. Nas páginas do caderno, Sophia descreveu, de forma perturbadora, detalhes que coincidem com os horrores que ela vivenciou antes de ser morta.

“Ela colocou as possíveis mortes lá e dizia homicídio e estupro. Toda a morte que ela teve ela já sabia de alguma forma que isso aconteceria. Eu não sei há quanto tempo isso estava lá. Foi meu filho e minha esposa que encontraram. Hoje eu sou um pai acabado. Ele não tinha esse direito”, lamentou Paulo Sérgio da Silva, pai de Sophia, em entrevista à imprensa durante o velório da filha.

A descoberta do diário intensifica as suspeitas da família de que Sophia já era vítima do abusador há mais tempo. O crime que a vitimou, no dia 27 de maio, não foi um ato isolado. No dia em que o corpo da menina foi encontrado, uma sobrinha do suspeito, Edilson Amorim dos Santos Filho, revelou que também foi abusada por ele quando tinha 16 anos. Hoje, com 22 anos, ela relata que a mãe não denunciou o crime na época para poupar a avó, que já era de idade.

Os últimos momentos de Sophia:

Na segunda-feira (27), Sophia seguia para a escola a pé, no bairro Moneró, na Ilha do Governador, quando desapareceu. Imagens de câmeras de segurança mostraram a menina ao lado de Edilson, que foi preso na madrugada seguinte. Horas antes de ser detido, a polícia encontrou o corpo de Sophia em uma caçamba de lixo, com mãos e pés amarrados e diversas lesões.

Edilson confessou os crimes e revelou detalhes macabros. Ele disse que estuprou Sophia e a matou com uma faca para que ela não contasse o que havia acontecido. Após o assassinato, amarrou o corpo da menina e o descartou em uma caçamba de lixo compactadora para tentar garantir sua impunidade.

Foto: Reprodução/Redes Sociais