O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump na eleição dos Estados Unidos não gerará interferência na relação com o Brasil.
“A gente deseja que esse intercâmbio não seja visto como um intercâmbio entre governos, mas entre Estados que têm uma relação muito antiga e que pode ser fortalecida com benefícios mútuos”, afirmou.
O chefe da equipe econômica afirmou que é difícil opinar sobre eleição em outro país e disse desejar que a troca entre o Brasil e os EUA seja vista como um “intercâmbio entre Estados”.
“Eu não vejo por que uma alternância possa colocar em risco esse tipo de parceria que está sendo tratada com a secretária [do Tesouro dos EUA, Janet] Yellen”, acrescentou.
O ministro conversou com jornalistas no Rio de Janeiro após evento paralelo ao encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 –grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana).
Na manhã desta quarta, Haddad teve uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos. Os líderes discutiram, entre outros temas, a aproximação dos dois países em relação à transformação ecológica e à transição energética.
Nos primeiros minutos do encontro, o ministro ressaltou as “conversas muito frutíferas” que teve com Yellen desde que assumiu o cargo e as ambições de estreitar laços com os Estados Unidos.
“A orientação do presidente Lula é sempre buscar, sobretudo com os países que temos relações históricas e valores comuns, nossos melhores entendimentos e estabelecer parcerias cada vez mais profundas e espero que esta reunião não seja diferente das anteriores”, disse Haddad.