Preços da construção variam 0,35% com desaceleração nos materiais e mão de obra

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta quarta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou variação de 0,35% em setembro. A taxa é 0,28 ponto percentual (p.p.) abaixo do índice de agosto, que foi 0,63%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 3,46%, resultado acima dos 3,12% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O índice de setembro de 2023 foi de 0,02%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em agosto fechou em R$ 1.767,09, passou em setembro para R$ 1.773,20, sendo R$ 1.019,25 relativos aos materiais e R$ 753,95 à mão de obra.
“Registrando taxa de 0,49% em setembro, a parcela dos materiais ficou muito próxima da registrada em agosto, com uma pequena desaceleração de 0,01 ponto percentual. Quando comparamos com setembro de 2023, observamos alta expressiva dos materiais, apresentando uma diferença de 0,71 ponto percentual. Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,16% e nenhum acordo coletivo firmado, registrou taxas menores que as observadas tanto em relação a agosto, quanto setembro do ano anterior”, explicou Augusto Oliveira, gerente da pesquisa.

De janeiro a setembro, os acumulados foram: 1,75% (materiais) e 4,66% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 2,13% (materiais) e 5,32% (mão de obra), respectivamente.

Em setembro, a Região Nordeste registra maior variação mensal
A região Nordeste, influenciada pela alta na parcela dos materiais em todos os seus estados, ficou com a maior variação regional em setembro, 0,49%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,27% (Norte), 0,34% (Sudeste), 0,12% (Sul) e 0,31% (Centro-Oeste).

Com alta no segmento dos materiais, o Ceará foi o estado com a maior taxa em setembro, 0,73%.

Mais sobre o SINAPI
Criado em 1969, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

Foto: Helena Pontes/IBGE