O Recôncavo Afro Festival se despediu ontem (24) de Cachoeira e São Félix com muito samba. O ritmo, que é uma das principais manifestações culturais do recôncavo baiano, foi o destaque do último dia de programação das cidades irmãs.
Diversas bandas e grupos tradicionais da região agitaram os palcos principais. Em São Félix, a Orquestra do Bala abriu os trabalhos, num show dedicado ao Mestre Bala, fundador do grupo que faleceu neste ano. Em seguida, o grupo Muleki é Tú, Samba de Roda Filhos do Varre Estrada e Marcos Santiago animaram o público.
Em Cachoeira, a festa iniciou ao som da Fanfarra do Colégio Estadual de Cachoeira, que atraiu o público percorrendo as ruas da cidade até o palco. Também se apresentaram o cantor Waha Macy, Samba de Roda Filhos do Caquende, Juninho Cachoeira que convidou Cleyton e finalizou com a banda Samba do Lu, que recebeu convidados especiais. A Dj Serphenti animou os intervalos.
“A gente faz samba e pagode originários daqui, da nossa terra. Então, pra gente é uma honra estar nesse festival, por vários motivos. Um deles é que estamos num mês de consciência negra. Agradeço a oportunidade de estar aqui e estar fazendo o meu trabalho nesse lugar, que é um super rico de cultura”, disse o vocalista Luciano Castilho.
O encerramento em Cachoeira e São Félix ainda foi abrilhantado pela iluminação especial na Ponte Dom Pedro II. A iniciativa do Festival coloriu as águas do Rio Paraguaçu de roxo, marcando na memória a primeira edição do RAF. A próxima parada do evento itinerante será em Maragogipe, de 28 a 30/11, e na sequência Santo Amaro e Salvador.
O Recôncavo Afro Festival é uma idealização da Odé Produções e Ayabá Produtora Criativa e Audiovisual, com patrocínio da Nubank, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução. O projeto recebe o apoio da Prefeitura Municipal da Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, e do Governo da Bahia através da Secretaria de Cultura e Superintendência de Fomento ao Turismo.