O professor Fabrício Dalla Vecchia, morto a tiros na noite de terça-feira (26), na BR-324, em Salvador, era pesquisador e trombonista. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o crime aconteceu após uma briga de trânsito na região do Porto Seco e o autor dos disparos fugiu.
Fabrício Dalla Vecchia tinha 44 anos e era contratado como professor adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ele cursou licenciatura em Música, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em 2004, depois fez mestrado e doutorado em Educação Musical na Universidade Federal da Bahia (Ufba), concluídos nos anos de 2008 e 2012.
Atualmente, dava aula de música popular brasileira no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) da UFRB, em Santo Amaro, no recôncavo baiano.
Conforme a UFRB, o professor coordenava projetos que uniam prática artística e formação acadêmica, como o Laboratório de Práticas de Ensino Coletivo, voltado à formação de grupos instrumentais, experimentação prática e elaboração de materiais didáticos, e o Coral Cecult UFRB, iniciativa dedicada à prática de coral e à valorização da diversidade da música popular brasileira.
Briga de trânsito
Testemunhas relataram que a discussão aconteceu por volta das 18h45. O professor estava com um facão na mão e o outro homem, que ainda não foi identificado, com uma arma. Não há informações sobre o que motivou a briga.
Ainda segundo as testemunhas, o autor dos disparos estava vestido com uma camisa social branca. Ele fugiu em um carro importado, modelo SUV.
Fabrício foi atingido com pelo menos cinco tiros. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador e não foram divulgados detalhes sobre o velório e sepultamento dele.
Segundo informações da Polícia Civil, o caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). A instituição informou que guias de perícia e necropsia foram expedidas e testemunhas serão ouvidas para esclarecer a autoria e motivação do crime.
Em nota, a universidade lamentou a morte do professor e afirmou que Fabrício construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a arte e a educação musical.
“Sua memória e legado permanecerão vivos na história da instituição e na vida de todos que com ele conviveram”, diz a nota.










