Na tarde desta terça-feira, 18, APLB Feira, representada pela diretora e conselheira Marlede Oliveira, esteve em visita do Conselho Municipal de Educação (CME) ao Centro Temporário de Acolhimento à População, local onde estão abrigados, desde 14 de outubro, os imigrantes indígenas da etnia Warao.
A ida ao espaço foi deliberada na última reunião ordinária do conselho, como forma de avaliar as condições de acolhimento oferecidas pelo município.
Durante a visita, o grupo constatou que o ambiente não dispõe de condições adequadas para atender às 25 pessoas abrigadas, entre elas: 13 crianças, 5 mulheres e 7 homens.
O espaço é quente, abafado e apresenta ventilação insuficiente, além de condições de higiene e infraestrutura sanitária consideradas precárias. Os migrantes também relataram que a alimentação fornecida é de baixa qualidade e insuficiente. Outro aspecto alarmante é a existência de um muro baixo que dá acesso a um precipício; as crianças sobem nesse muro, expondo-se a risco iminente de queda.
Também preocupa o fato de que as crianças não estão frequentando a escola, situação que reforça a necessidade de uma ação imediata do poder público para garantir o direito à educação.
Diante do cenário observado, os Warao solicitaram o remanejamento para outro local, ressaltando que há recursos federais destinados especificamente ao atendimento de imigrantes, o que deve assegurar melhores condições de acolhimento e dignidade.
A APLB Feira reforça a importância de que o município adote medidas urgentes para assegurar condições humanas e adequadas a esse grupo vulnerável, garantindo direitos básicos e respeito à cultura e às necessidades da comunidade indígena Warao.
