Aumento da mendicância em Feira de Santana no final do ano preocupa Prefeitura

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso) de Feira de Santana tem registrado um aumento significativo na prática da mendicância durante o período de final de ano, especialmente com a chegada das festividades natalinas. Segundo o secretário Denilton Brito, este é um fenômeno recorrente nesta época, impulsionado pela maior circulação de pessoas e pelo espírito solidário característico da temporada.

Denilton destaca que, embora a Sedeso mantenha uma política ativa de assistência social para atender essa população, muitos indivíduos em situação de rua recusam o suporte oferecido. “Eles relatam que o objetivo é arrecadar doações feitas por cidadãos, que geralmente aumentam nessa época”, explica.

Um exemplo recente envolve um casal que montou uma barraca no canteiro central da avenida Presidente Dutra, uma das principais vias da cidade. O homem, de 59 anos, sofreu um acidente e utiliza parafusos em uma das pernas, enquanto a mulher, de 49 anos, o acompanha na situação.

A Sedeso e o Consultório de Rua têm monitorado o caso, oferecendo suporte e buscando encaminhamentos adequados. Entretanto, o casal recusou atendimento médico e qualquer tipo de assistência social. “Alegam para a equipe de abordagem social que os parafusos na perna do homem provocam pena nas pessoas, o que aumenta as doações financeiras que recebem”, informa o secretário.

De acordo com relatos dos próprios envolvidos, a mudança para o canteiro central resultou em um aumento no “faturamento” diário. Contudo, durante a abordagem mais recente, o casal afirmou que retirará a barraca do local e se comprometeu a comparecer ao médico nesta semana.

A Sedeso reforça que, além de oferecer suporte, realiza ações educativas e preventivas para conscientizar a população sobre a importância de direcionar ajuda às iniciativas formais de assistência social. “Precisamos de um esforço coletivo para minimizar esse problema, garantindo que as pessoas em situação de vulnerabilidade sejam atendidas adequadamente e de maneira digna”, conclui Denilton Brito.

Foto: Jorge Magalhães- Arquivo