Com placar de 8 a 3, STF decide descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta terça-feira (25) para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, com oito votos favoráveis e três contra. A determinação não significa que o Supremo esteja legalizando ou liberando o uso de entorpecentes. 

Votaram a favor os ministros: 

Gilmar Mendes
Luís Roberto Barroso
Rosa Weber (aposentada)
Cármen Lúcia
Dias Toffoli
Alexandre de Moraes
Edson Fachin
Votaram contra a descriminalização:

Cristiano Zanin
Nunes Marques
André Mendonça
O julgamento retornou com o complemento do voto de Dias Toffoli, que na última sessão discordou de ponto das duas teses, mas que nesta terça, votou para descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal. “Meu voto é claríssimo no sentido de que nenhum usuário, de nenhuma droga, pode ser criminalizado”, disse o ministro.

Já o ministro Gilmar Mendes afirmou na sessão que o entendimento não é um “liberou geral”. A votação da Corte não legaliza ou libera o consumo de entorpecentes, ou seja, o uso de drogas, mesmo que individual, permanecerá como ato ilícito. 

Um usuário ainda estará sujeito às sanções que já estão na legislação, incluindo advertência sobre os efeitos das drogas e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

Foto: Antonio Augusto/SCO/STF