Com a proximidade do Carnaval 2025 em Salvador, o Sindicato de Cordeiros de Salvador (Sindicorda) intensifica negociações para conquistar um aumento de 27% no valor das diárias pagas aos trabalhadores durante a maior festa popular da capital baiana. Uma nova rodada de reuniões entre o sindicato e os responsáveis pelos blocos carnavalescos está prevista para ocorrer nesta semana, para definir possíveis reajustes.
O presidente do Sindicorda, Matias Santos, afirmou ao Metro1 que a expectativa é alcançar um reajuste e sair dos R$ 80 pagos no Carnaval de 2024 para chegar a algo em torno de R$ 100. No ano passado, eles conseguiram um aumento de R$ 16.
“A minha expectativa é que tenhamos um avanço com uma diária superior a 27%. Além disso, estamos reivindicando que os blocos ampliem as oportunidades de emprego para a categoria neste ano”, declarou Matias. Ele também destacou que o sindicato já iniciou conversas com grandes blocos, como Timbalada e Eva, para garantir maior empregabilidade aos cordeiros.
Histórico de negociações
A questão do valor das diárias é uma demanda antiga da categoria. No Carnaval de 2024, o tema foi amplamente discutido, já que, em dois anos, o aumento acumulado foi de apenas R$ 16. Na época, Matias explicou à Rádio Metrópole que os blocos justificavam os baixos valores alegando que “se uma diária muito alta for estipulada, os blocos não contratarão cordeiros para trabalhar”.
Em dezembro de 2024, uma reunião preliminar foi realizada, na qual o Sindicorda apresentou uma proposta inicial de R$ 150 para 2025, valor já pleiteado no ano passado. Além do reajuste, o sindicato pede a inclusão de um seguro para os cordeiros, para melhorar as condições de trabalho durante o Carnaval.
Bonificações extras
Apesar do impasse, alguns blocos implementaram bonificações individuais no ano passado, através de benefícios como vouchers de R$ 50, cestas básicas ou prêmios sorteados entre os trabalhadores, como bicicletas e televisores.
A próxima reunião, prevista para ocorrer até a quarta-feira (15), será decisiva para alinhar as expectativas da categoria e dos blocos, não apenas em relação ao reajuste, mas também para garantir melhores condições de trabalho e ampliar a geração de empregos durante a festa.