Dia da Criança Especial: Hospital da Mulher reforça assistência especializada para bebês e crianças até 14 anos

70% das deficiências poderiam ser evitadas ou atenuadas com acompanhamento médico adequado 

O dia 9 de dezembro, data em que se celebra o Dia da Criança Especial, reforça a importância de compreender, respeitar e apoiar o universo das crianças com deficiência. Em Feira de Santana, a Prefeitura, por meio da Fundação Hospitalar, vem ampliando a assistência pediátrica especializada oferecida no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, garantindo cuidados essenciais para o desenvolvimento e a qualidade de vida dos pequenos.
Somente entre janeiro e novembro de 2025, o Ambulatório de Pediatria realizou:
15.042 consultas pediátricas
2.883 atendimentos de fisioterapia pediátrica
4.471 consultas com fonoaudiólogo
1.274 atendimentos com neuropediatra
855 atendimentos com psicólogo pediátrico, além de outras especialidades disponíveis no Ambulatório de Pediatria do HIPS e através da rede municipal.
Para a diretora-presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, a data marca o compromisso da unidade com o cuidado integral às crianças de 0 a 14 anos nascidas no Hospital da Mulher.
“Hoje celebramos muito mais do que uma data. Celebramos a força, a sensibilidade e a luz que cada criança especial carrega dentro de si. Cada sorriso, cada conquista e cada pequeno passo é um lembrete do valor imenso de acreditar, apoiar e enxergar o mundo com mais amor e empatia”, destacou.
Gilberte reforça, ainda, a importância dos primeiros passos da gestante rumo a uma gestação saudável, com realização de exames pré-natais, acompanhamento do crescimento infantil e cuidados específicos para condições como diabetes, hipertensão e obesidade que podem ser tratados no Ambulatório de Saúde da Mulher, localizado na rua Caitité, 550 no bairro Jardim Cruzeiro.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 70% das deficiências poderiam ser evitadas ou atenuadas com acompanhamento médico adequado. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garante atendimento especializado gratuito, sem qualquer forma de discriminação.
Mães de crianças especiais: da fragilidade à luta pela independência dos filhos
Histórias de força, superação e amor fazem parte do cotidiano do Ambulatório de Pediatria do Hospital da Mulher. Lá, mães compartilham desafios e conquistas enquanto acompanham consultas com o neuropediatra, sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e outros atendimentos especializados.
“Eu aprendo com cada dificuldade” — Larissa Beatriz, mãe de Daniel
A mãe solo Larissa Beatriz Silva Regis, de 21 anos, moradora do bairro Conceição, vive há cinco anos uma rotina intensa no ambiente hospitalar ao lado do filho Daniel, diagnosticado com autismo, TDAH e epilepsia.
“É um desafio constante. Às vezes me sinto cansada, mas a recompensa vem a cada evolução. Aqui no Hospital da Mulher, ele recebe cuidados especializados desde que nasceu”, relatou.
Larissa também compartilha que enfrentou depressão, mas encontrou na maternidade e no tratamento do filho forças para seguir:
“Hoje Daniel caminha e fala. Isso se deve muito ao trabalho da equipe de fisioterapia e fonoaudiologia do Hospital da Mulher. Entendi que sou especial para Deus, quando me escolheu para ser mãe dele”, disse emocionada.
“Só dependia de mim lutar pela independência dele” — Cristiane Menezes, mãe de Luciano
Aos 32 anos, Cristiane Oliveira Menezes descobriu apenas após o parto que seu filho Luciano, hoje com cinco meses, nasceu com síndrome de Down.
“Foi um susto. Fiquei em choque por alguns dias. O acompanhamento psicológico que recebi enquanto ele esteve na UTI Neonatal por prematuridade me ajudou a entender que a luta pela independência dele dependeria de mim”, contou.
Investimentos e ampliação da estrutura
A Fundação Hospitalar segue fortalecendo o Complexo Materno-Infantil por meio de:
aquisição de novas tecnologias,
capacitação contínua das equipes de saúde,
ampliação das especialidades oferecidas,
modernização dos equipamentos de suporte à fisioterapia pediátrica, permitindo avanços importantes na evolução de crianças com deficiência intelectual e motora.

Fotos: Fátima Brandão