Um jovem de 20 anos foi morto a facadas na tarde de sábado (24), em um posto de lavagem de veículos na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O local é o mesmo onde um o proprietário foi morto a tiros por um policial militar. [Veja detalhes abaixo]
A vítima foi identificada como Darlon Brenderson da Silva Santos. De acordo com a Polícia Civil, ele estava em expediente quando foi esfaqueado por um colega de trabalho, que não teve nome divulgado, mas já foi identificado.
O autor do ataque não foi preso. O jovem chegou a ser socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu aos ferimentos.
Ainda não se sabe o que motivou a ação criminosa. Conforme a polícia, o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios local, que realiza diligências para localizar o suspeito.
A perícia foi realizada pelo Departamento de Polícia Técnica e corpo de Darlon Brenderson foi encaminhado para ser necropsiado no Instituto Médico Legal de Feira de Santana. Não há informações sobre o sepultamento dele.
Crime no mês de julho
A vítima foi identificada como José Luiz Borges Santos, de 41 anos. As imagens, que foram utilizadas pela Polícia Civil nas apurações, mostram que o empreendedor trabalhava ao lado de um funcionário, quando sofreu o ataque. Não há informações se o jovem morto no sábado (24) é o mesmo que testemunhou o crime a polícia não confirma se os casos têm relação.
Roberto Costa Miranda se apresentou voluntariamente à Corregedoria da Polícia Militar, onde foi detido. Ele está custodiado no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Roberto Costa Miranda é lotado na 22ª Companhia da PM, em Valença, no baixo sul. Ele também é advogado e estudante de medicina. No dia do crime, a Polícia Militar da Bahia emitiu nota e afirmou que o caso seria apurado na esfera administrativa, contudo, omitiu o nome do agente.
Policial Militar suspeito de matar dono de lava-jato está preso na RMS
Segundo a Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, no primeiro depoimento, o policial negou envolvimento no crime. No entanto, as investigações o apontaram como autor dos disparos, Roberto Costa Miranda retornou à delegacia e confessou o crime.
Com a conclusão do inquérito e a reunião das provas, o caso foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que se posicionou a favor da prisão preventiva. Com isso, ele deixou ser considerado um suspeito e passou a responder como réu por homicídio qualificado no processo.
O crime
No vídeo, que foi obtido pela TV Subaé, afiliada da Rede Bahia em Feira de Santana, um homem de capacete e com arma em punho entra no local às 15h55 do dia 22 de julho. Nesse momento, José Luiz lavava um carro na área externa do estabelecimento e, ao perceber a presença do suspeito, tentou se esconder no escritório, mas foi perseguido e baleado várias vezes.
José Luiz morreu na hora. A esposa da vítima também estava no lava-jato e pediu para o atirador não assassinar o companheiro. Ela ainda relatou que foi ameaçada pelo suspeito.
“Quando ele entrou logo, apontou a arma para mim. Eu levantei as mãos e gritei. Eu pedi, implorei [para ele não matar José Luiz]”, contou a mulher, que teve a identidade preservada por motivo de segurança.
Primeiro depoimento do PM
O PM se apresentou espontaneamente na delegacia, no dia 23 de julho, e foi liberado após prestar depoimento. Conforme apurações da TV Subaé, ele estava acompanhado de dois advogados, negou ser o autor do homicídio e alegou que estava fora da cidade quando tudo aconteceu.
Ele não ficou preso porque, segundo a polícia, estava fora do período de flagrante e não havia mandado de prisão preventiva contra ele. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que foram coletados elementos para reforçar as investigações, assim como a elucidação do crime.
Entre esses elementos estava o par de tênis que o investigado calçava quando esteve na delegacia, pois análises das imagens da câmera de segurança mostraram semelhanças do calçado com o que foi usado pelo suspeito da ação.
A polícia também solicitou a pistola do agente, todavia, Roberto justificou não estar em posse, porque, segundo ele, a arma desapareceu cinco dias dele prestar depoimento.