O secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, afirmou nesta sexta-feira (10) que quase metade das 34 pessoas que aguardam na Faixa de Gaza para serem repatriadas pelo Brasil serão encaminhadas para o interior de São Paulo.
A intenção é acolher aqueles que não têm família no país. “Parte desses repatriados tem familiares e vão ser encaminhados para as famílias, e parte não tem mais vínculo com o Brasil e é dever do governo fazer essa operação de acolhimento, para dar todas as condições para que eles sejam reintegrados ao país”, disse o secretário.
Ele afirmou que a lista exata de quantas pessoas devem ficar em alojamentos ainda está sendo fechada. A cidade de destino não foi divulgada por questões de segurança.
Além da Secretaria Nacional de Justiça, integrantes do Ministério de Desenvolvimento Social também estão coordenando a operação.
Após uma angustiante espera de pouco mais de um mês, o grupo de moradores da Faixa de Gaza aguardando para ser repatriado no Brasil foi incluído na lista de pessoas autorizadas a deixar o território comandado pelo grupo terrorista palestino Hamas rumo ao Egito nesta sexta.
Mas o drama continua: a fronteira no posto de Rafah foi fechada à tarde devido a suspeitas de que o Hamas tentou infiltrar combatentes como motoristas de ambulâncias que levam feridos graves para o Egito. Apenas dois veículos passaram, e dificilmente o local será reaberto ainda na data.
O grupo havia sido levado em ônibus para o posto de fronteira de Rafah, onde está desde as 7h (2h no Brasil) esperando para sair. A presença de terroristas do Hamas em ambulâncias já havia sido paralisado o trânsito na passagem na quarta-feira (8).
Das 34 pessoas, 24 são brasileiras natas, 7 palestinas em processo de imigração e 3, parentes próximos deste último grupo. Ao todo, são 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens. A expectativa é de que eles passem a noite em uma casa alugada pelo Itamaraty.