Principal suspeito da morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, 39 anos, o companheiro da vítima teve a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (12). O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que o caso está em segredo de justiça e, por isso, não vai passar detalhes sobre o episódio.
De acordo com a TV Record, o acusado confessou o crime durante audiência. Ele tinha marcas aparentemente de unhas no pescoço. A decisão do juiz fala que há materialidade indicando a autoria do crime.
Questionado pela repórter sobre se estava arrependido do crime, Tancredo chorou, mas ficou calado. Ao chegar, ele negou que tenha sido responsável por crimes contra outras mulheres e confessou que não atuava como médico. “Tudo vai ser esclarecido na Justiça”, afirmou.
O suspeito passa por exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e depois seguirá para uma carceragem de alguma delegacia, sendo transferido amanhã para a prisão de Mata Escura, onde deve ficar preso.
Tancredo tem uma série de passagens pela polícia em seu histórico. Além de ter sido preso por agressões contra a vítima anteriormente, Tancredo Neves foi indiciado pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
Ele também já tinha sido detido por agressão a ela em Santo Antônio de Jesus, onde a vítima trabalhava e residia. Em maio deste ano, foi levado à delegacia com base na Lei Maria da Penha, depois de ter quebrado um dos dedos da esposa.
O crime – O corpo da delegada Patrícia Neves Jackes Aires foi encontrado no banco do carona do veículo dela, em uma área de mata, no município de São Sebastião do Passé. A causa da morte ainda está indefinida, aguardando conclusão do laudo, mas há informações iniciais de que ela teria sido estrangulada.
A Polícia Civil da Bahia disse que lamenta “profundamente a morte da servidora, que estava lotada no plantão da Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus, e informa que está empenhada com todos os seus departamentos para esclarecer plenamente as circunstâncias do caso e realizar todas as providências de polícia judiciária cabíveis”.