Desde as privatizações das refinarias de Mataripe, na Bahia (antiga Landulpho Alves – Rlam), e da Amazônia, em Manaus (anteriormente refinaria Isaac Sabbá – Reman), a produção interna de importantes derivados de petróleo, como gás de cozinha (GLP) e óleo diesel, vem diminuindo substancialmente.
Como consequência, há um aumento nas importações desses produtos para garantir o abastecimento doméstico, o que resulta em preços mais altos para os consumidores nas bombas de combustível e nas revendedoras de gás, aumentando a pressão inflacionária.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no primeiro trimestre de 2024, as importações representaram, em média, 23,4% do total de gás de cozinha comercializado no país e 20,2% de óleo diesel.
Com a redução da produção, as refinarias privadas não ajudam a diminuir a dependência dos produtos importados. Em 2023, a participação dos derivados importados no mercado brasileiro foi de 17% no gás de cozinha e de 25% no diesel.
Essa prática vai na contramão da reestruturação da política de preços da Petrobrás ocorrida no ano passado, que substituiu o Preço de Paridade de Importação (PPI), praticado desde 2016. Não por acaso, a gasolina vendida na Bahia pela Acelen é a mais cara do país.