Salvador é a segunda capital com maior número absoluto de pessoas pobres

Em Salvador, 1,006 milhão de pessoas estavam abaixo da linha de pobreza monetária em 2023, o que representava 1 em cada 3 habitantes (34,4% da população). Frente a 2022, quando atingia 36,9% dos moradores da capital, ou 1,075 milhão de pessoas, a pobreza também se reduziu no município, nos 12 anos de série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Caiu 6,4%, o que representou menos 69 mil pessoas abaixo da linha de pobreza, em um ano.

Mesmo assim, Salvador “subiu” no ranking de pobreza monetária entre as capitais brasileiras. Passou de 3ª para 2ª em número absoluto de pobres (1,006 milhão), abaixo apenas de São Paulo/SP (2,257 milhões) e superando o Rio de Janeiro/RJ, que caiu para a 4ª posição em 2023. Em termos proporcionais (34,4%), Salvador passou de 8º para 5º maior percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza.

Rio Branco/AC (43,5%), Recife/PE (37,2%), Fortaleza/CE (36,2%) e São Luís/MA (34,6%) ficavam acima de Salvador. No outro extremo, Florianópolis/SC (4,5%), Curitiba/PR (9,2%) e Goiânia/GO (10,9%), tinham as menores proporções.

Salvador teve um recuo mais expressivo da extrema pobreza. Em 2023, 185 mil pessoas viviam nessa situação, o que representava 6,3% da população da capital. Frente a 2022, quando eram 289 mil pessoas (9,9% dos habitantes), houve queda de 42,9% ou menos 124 mil pessoas extremamente pobres no município, em um ano.

Assim, a capital deixou de ter o 2º maior total de habitantes em situação de extrema pobreza monetária, ficando na 3ª posição, ultrapassada pelo Rio de Janeiro/RJ (205 mil), com São Paulo/SP mantendo a liderança (270 mil).

Em termos percentuais, Salvador (6,3%) também cedeu posições e deixou de ter a 2ª maior percentagem de extremamente pobres, ficando em 5º lugar. Rio Branco/AC (9,6%), Boa Vista/RR (7,7%) e Recife/PE (7,1%) tinham as maiores proporções depopulação em situação de extrema pobreza, em 2023, enquanto Goiânia/GO (0,7%), Florianópolis/SC (0,9%) e Macapá/AP (1,3%) tinham as menores.

Foto: Roberto Parizotti/ CUT