STF decide manter o ex-jogador Robinho na prisão; placar final foi 9 a 2

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela manutenção da prisão do ex-jogador Robinho. Os ministros julgaram dois pedidos de liberdade apresentados pela defesa em plenário virtual nesta terça-feira (26). O ex-atacante cumpre pena no Brasil após ter sido condenado na Itália por estupro coletivo. O placar da votação terminou por 9 a 2.

A votação foi feita por 11 ministros. Edson Fachin, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Flávio Dino, Nunes Marques e Cármen Lúcia votaram pela manutenção de Robinho na prisão, seguindo o relator Luiz Fux. Enquanto Gilmar Mendes e Dias Toffoli ficaram favoráveis pela soltura do ex-jogador.

Os advogados de defesa contestaram a legalidade da prisão do ex-atacante, realizada em março deste ano após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir pelo cumprimento da pena de condenação por estupro cometido na Itália em presídio brasileiro. O outro pedido foi pela liberdade do condenado até o esgotamento dos recursos possíveis à decisão de validar a sentença da Justiça da Itália.

Relembre o caso
Robinho foi condenado no dia 19 de janeiro de 2022 a nove anos de prisão por estupro coletivo contra uma mulher pela Corte de Cassação de Roma, última instância da Justiça italiana. Além dele outro brasileiro, Ricardo Falco, também foi condenado.

O crime havia ocorrido em janeiro de 2013, na boate Sio Café, Milão, quando a vítima comemorava o aniversário de 23 anos. Na época, Robinho era jogador do Milan. O atleta foi denunciado junto com Falco e outros quatro brasileiros. No entanto, o grupo já havia deixado o país europeu quando a polícia italiana investigava o caso e por isso, ninguém foi avisado da conclusão e do processo. O julgamento foi iniciado em 2016 e a sentença em primeiro grau foi proferida em 2017. Robinho e nem Falco não compareceram a nenhuma das audiências.

Em outubro de 2020, o Santos chegou a anunciar a contratação de Robinho. Porém, dias depois, o site ge.globo teve acesso ao processo que trazia transcrições de conversas telefônicas entre ele e Ricardo Falco confessando o crime. Por causa da repercussão negativa, o clube paulista acabou suspendendo o contrato do atleta, que anunciou a aposentadoria em julho de 2022.

Foto: Reprodução/Record