A Justiça decretou a prisão temporária do vidraceiro Vagner Dias de Oliveira, principal suspeito de matar e carbonizar a ex-mulher Raphaela Salsa Ferreira, de 38 anos, na última semana.
O corpo da estudante, que cursava técnico de enfermagem, foi encontrado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira, um dia após ela desaparecer ao embarcar num carro quando estava na porta de casa, na Praça Seca. O ex-companheiro, pai de dois dos quatro filhos de Raphaela, é quem estava no veículo.
O pedido de prisão foi pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) ao Plantão Judiciário no início da noite de segunda-feira. Aceito nesta terça-feira, a prisão temporária tem o prazo de 30 dias.
Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por ciúmes. O casal havia se separado há pouco tempo e, recentemente, Raphaela começou a sair com outro homem.
O corpo da mulher foi encontrado na BR-101 carbonizado em meio a mata, a 40 quilômetros de distância de sua casa. O laudo feito pelo Instituto Médico-Legal indica que a vítima foi queimada ainda com vida, já que aspirou fuligem.
Segundo as investigações, Vagner comprou a gasolina por volta das 22h. Ele teria ligado antes para o posto pedindo a reserva de um galão.
Ao frentista, Vagner teria dito que a compra era para ajudar um amigo, que estava com o carro enguiçado. A suspeita é de que ela já estivesse desacordada no interior do veículo.
O combustível pode ter sido usado para queimar o corpo da vítima. Em depoimento à polícia, o frentista contou não ter se aproximado do carro e não ter visto Raphaela no veículo. Imagens de câmera de segurança, no entanto, mostram a vítima entrando no carro às 21h40.
Polícia investiga o caso
Segundo relatos de parentes, Raphaela chegou até a porta de casa num carro de aplicativo e, quando desceu do veículo, foi obrigada a entrar em outro automóvel, que provavelmente a seguiu do curso de técnico de enfermagem até sua casa.
O corpo da estudante foi encontrado a 40 quilômetros de sua residência. A Polícia Civil informou que o corpo de Raphaela foi identificado por meio de exame de papiloscopia (impressão digital) e reconhecimento de parentes. “Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos”, conclui a nota da polícia.