TRE realiza últimos ajustes para as eleições em Feira de Santana

A Justiça Eleitoral realiza os últimos ajustes para a eleição em Feira de Santana, com a preparação de 1.186 seções eleitorais e 1.318 urnas, contando com os equipamentos reservas. Ao todo, a cidade possui 426.890 eleitores aptos a votar no pleito, que ocorrerá neste domingo, 6 de outubro.

Os dispositivos já passaram pelos processos de geração de mídias, carga e lacração. As máquinas contam com os sistemas eleitorais e dados de eleitores e candidatos. Durante o processo de lacração, todas as portas de acesso físico foram fechadas com selos especiais produzidos pela Casa da Moeda.

Segundo Luciano Leite, chefe da 157ª Zona Eleitoral, a preparação das urnas já estão sendo concluídas, para serem distribuídas no sábado (5) pela manhã.
 
 
“A logística de distribuição este ano será pelos Correios, e no sábado, a gente começa a distribuir as urnas para os locais de votação. Esse processo é feito juntamente com a Polícia Militar. Todas as urnas já foram testadas e estão sem problemas. Vamos ter mais uma eleição de sucesso”, destacou.

Mudanças em locais de votação

O chefe da Zona Eleitoral 156, Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE), Danilo Pereira, falou ao Jornal Folha do Estado, sobre os processos de remanejamento das zonas eleitorais para eleições de 2024 e aumento do número de seções.

“Esse ano, como todos os anos por conta de reformas e algumas mudanças nos locais de votação, nós precisamos alterar algumas sessões, mas já colocamos faixas nas escolas. Aqui na zona 156, por exemplo, a gente já colocou a faixa no Ferreira Pinto, uma escola grande ali perto da Uefs, que foi mudada para essa escola nova no Derba. Também na Pedra do Descanso, onde tem uma grande escola. O Wilson Falcão foi desativo e passou para a Ubaldina Regis, na Rua Doutor João Evangelista, que liga o Marajó ao Feira IV, no Parque das Acácias. E todas as seções do Wilson Falcão irão funcionar no prédio da Apae.”
Ele destacou que através do aplicativo da Justiça Eleitoral, os eleitores poderão consultar se houve mudanças seus locais de votação.”A grande maioria desses locais, aqueles que nós conseguimos mudar antes do sistema fechar, já está no aplicativo. Algumas outras de outras zonas o pessoal teve ciência depois que a escola está passando por alguma reforma e não vai atender. Então não tem jeito, ou o eleitor vai pegar pela imprensa ou vai saber na própria escola no dia”, explica.

Quantitativo de urnas

Ainda de acordo com Danilo Pereira, houve aumento no quantitativo de urnas. “Esse ano nós teremos três sessões a mais do que o ano passado. Serão 329 sessões aqui na zona 156, espalhadas aí em 41 locais de votação. As outras também tiveram algum tipo de aumento porque o eleitorado de Feira aumentou, então nós temos um aumento de sessões. Em Feira hoje tem quase 1.200 sessões”, comenta.

Segura, auditável e confiável

De acordo com informações do TRE, a urna não é apenas um computador. É resultado de ideias e iniciativas que remontam à criação da República Federativa do Brasil. É parte relevante do processo eleitoral brasileiro e da concretização da ordem e da legitimidade na realização das eleições.

O uso da tecnologia foi uma resposta efetiva às fraudes que ocorriam, frequentemente, em diversas etapas do processo eleitoral, desde os tempos do Império até a implantação do processo eletrônico, e trouxe segurança e confiança às eleições no Brasil.

Normas do TRE

Após a cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas, os softwares são liberados para todos os tribunais regionais eleitorais com a finalidade de distribuição, instalação e importação dos dados eleitorais. Depois disso, em cerimônia pública, as mídias que preparam as urnas para eleição são geradas em tribunais regionais ou zonas eleitorais.

A urna trabalha com dois tipos de mídia: uma em formato de cartão de memória, também conhecido como flash card, e outra em formato exclusivo da Justiça Eleitoral conhecida como memória de resultado, uma espécie de pen drive.A primeira etapa de preparação de urnas de seção, de justificativa e de contingência se completa após a instalação de sistema operacional, programas, bibliotecas e dados eleitorais. A segunda e última etapa é concluída com a realização de vários testes para comprovar o correto funcionamento da urna.

Os cartões de memória de carga, conhecidos como flash de carga, são usados na primeira parte da preparação da urna para eleição. Na última parte, a urna usa conjuntamente os cartões de memória de votação, conhecidas com flash de votação, e as memórias de resultado.Após a preparação das urnas, os compartimentos delas são lacrados fisicamente com lacres especiais produzidos pela Casa da Moeda, cujas propriedades químicas impedem qualquer tentativa de violação: ao ser retirado, aparece imediatamente a inscrição de que foi violado. Todas as portas de acesso físico à urna são lacradas.

Depois desse momento, as urnas são armazenadas em local designado pelo TRE para, às vésperas da eleição, serem transportadas para os locais de votação. Qualquer tentativa de uso antes disso será em vão, pois a urna possui sistemas que só permitem que seja utilizada no momento programado para a votação. Por fim, outra medida de segurança muito importante é que a urna eletrônica, em momento algum, nem no período de preparação para as eleições nem durante as votações ou na fase posterior, é conectada a qualquer tipo de rede de comunicação externa. Dessa forma, não é possível que os dados sejam interceptados ou sofram qualquer ataque externo dos hackers. 

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