Treze homens suspeitos de tráfico de drogas e homicídios na BA são presos após operação policial

Treze homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e mais de 20 homicídios ocorridos nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Barro Preto, no sul e extremo sul da Bahia, foram presos nesta sexta-feira (27).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA), as prisões ocorreram no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, durante as ações da “Operação Ancorar”.

Dentre os presos, dois são considerados chefes do tráfico de drogas e existe a suspeita de que comandavam a organização criminosa que se intitula na Bahia como “Bonde do Maluco”, também conhecida como “BDM”, e que atuava no tráfico nas cidades de Santana de Parnaíba, em São Paulo, e no Rio de Janeiro.

  
Na Bahia, os mandados foram cumpridos na região de Itabuna, Ilhéus e no presídio feminino em Salvador. A SSP-BA informou que 43 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Drogas, documentos e anotações de movimentações financeiras foram apreendidas.
“Além da liderança, o braço financeiro do grupo foi desarticulado. Os presos dos outros estados serão recambiados para a Bahia”, explicou o diretor do Departamentos Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), delegado José Bezerra Alves.
 

Preso em área dominada pela milícia
 

João Ricardo Cardoso Mota é suspeito de comandar facção criminosa — Foto: Divulgação
O homem suspeito de comandar a facção criminosa da Bahia foi identificado como João Ricardo Cardoso Mota, conhecido como “Rick” ou “R7”. O foragido da justiça baiana foi localizado na Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, área dominada por milícia.

Segundo a polícia, Mota é sócio de Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, criminoso do Terceiro Comando Puro (TCP), que atua na favela da Guacha, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Não há informações se existe alguma ligação entre a facção baiana e milicianos do Rio.
Durante um ano, a polícia baiana investigou o grupo criminoso e, após a coleta das provas (quebras de sigilo bancários, telefônico e telemático), representou pelas prisões.

Em Santana de Parnaíba, em São Paulo, os policiais prenderam Kaic Cardoso Oliveira, conhecido como “Kaká” ou “Paulista”, considerado como o número 2 do grupo criminoso.

De acordo com a polícia, “Kaká” tinha mandados de prisão em aberto e era considerado foragido da Justiça.
As identidades dos outros 11 suspeitos presos não foram reveladas. Os que foram encontrados fora da Bahia serão levados para o estado.

Foto: Reprodução/TV Bahia