Em entrevista ao Jornal Folha do Estado, o deputado federal Zé Neto respondeu às críticas feitas por vereadores da oposição na Câmara Municipal de Feira de Santana, durante a sessão ordinária de quinta-feira (13), antes da audiência pública sobre a Frente Parlamentar de enfrentamento a violência infantil. O parlamentar defendeu as gestões estadual e federal e falou sobre o andamento de obras na cidade.
Segundo o deputado, as obras do Contorno de Feira de Santana estão em andamento, mas passam por uma fase técnica necessária de inspeção e mapeamento do solo. Ele atribuiu parte da demora à falta de informações estruturais sob responsabilidade da prefeitura.
“Primeiro: o contorno já iniciou as obras. O problema do contorno, primeiro, é a falta de total controle estrutural da cidade, do ponto de vista do mapeamento do solo da cidade. Estamos fazendo inspeção de solo em todo contorno para que a gente tenha condição de fazer uma obra sem transtornos. Foi instalado o canteiro de obras. O que aconteceu? Não pode instalar lá porque lá passa gás, lá passa água, lá passa esgoto. Mas a prefeitura não tem esse controle, tinha uma parte desse controle na embasa e pronto. O resto é fazer no olho e assim no olho não dá. Então, toda essa parte de topografia, toda essa parte de inspeção de solo, toda essa parte de análise e de conjunção desses assuntos todos estão sendo feitas. O canteiro de obras já está ali do lado da Lagoa Grande, já tem na conta lá mais de 40 milhões, que agora só essa semana passada foi liberado 30 milhões”, explica
Neto destacou que o empreendimento está dentro do cronograma e que Feira de Santana vive um dos períodos de maior volume de investimentos públicos em sua história.
“A própria prefeitura pediu para fazer alterações, para fazer conexões com algumas intervenções que ela está fazendo e chamou a empresa para sentar para rever algumas coisas que ela achou que poderiam encaixar melhor. Eu acho positivo até. Agora, dizer que não tem a obra, que não começou a obra é bobagem. A obra está em um período que é esse mesmo, da parte toda de exploração geológica do terreno, são quase 8 quilômetros de obra e a gente precisa fazer isso com tranquilidade e a empresa está fazendo isso dentro do tempo certo. Nós estamos vivendo aqui em Frente Santana o maior volume de obras, de recursos que chegam na cidade, dentro do Governo Federal e Estadual. Minha Casa, Minha Vida está chegando a mais de 80 mil unidades”, rebate.
O deputado defendeu uma postura mais colaborativa entre os entes públicos, destacando que muitas obras são de interesse coletivo e não apenas de governos específicos
“É o lugar, hoje é o quarto movimento do Brasil, não é só, é o do Brasil, contando as capitais todas é Feira de Santana. Você tem noção do que é isso? E a gente trabalhando, não é a prefeitura, ao contrário, a prefeitura a gente está aí conversando, sempre dialogando, mas a gente quer que a prefeitura faça mais. O governo tem um empreendimento que está praticamente pronto, precisa que a prefeitura faça parte dela. Eu acho que a oposição, tem muita coisa para a gente fazer disputa, mas nas coisas que estão acontecendo, eu acho que ela devia ter bom senso, até porque não é uma obra para o governo Lula, começa do contorno, não é do governo Lula, como também (3:58) não é do governo Jerônimo, é da cidade que precisa. Então, acho que a gente tem que deixar de fazer picuinha e tratar a política dentro do que deve ser tratado. E tem coisas que dá para fazer junto, olha, a prefeitura está com a gente aí discutindo, dialogando com a saúde. Não foi melhor?”.
Zé Neto também mencionou o andamento das obras de ampliação do aeroporto de Feira de Santana, que, segundo ele, seguem em curso e devem ter a questão fundiária resolvida nas próximas semanas.
“O aeroporto está sendo expandido, está sendo ampliado, já foi feita a parte da apropriação, vai ser resolvida nos próximos 15 dias, está tudo andando. A gente tem que, ao invés de ficar disputando quem vai fazer, é disputando quem vai fazer mais, se juntar para fazer mais pela cidade. Eu acho que isso é importante”.
O parlamentar ainda citou investimentos em infraestrutura esportiva e criticou a perda de recursos por falta de execução de projetos municipais.
“Eu perdi já R$750 mil na Prefeitura porque eles não executaram as coisas que tinham que executar. Está lá em Ipuaçu, no Feira 9, a reforma de uma quadra com cobertura. Em Ipuaçu era uma quadra que precisava do terreno, a Prefeitura disse que não deu e a gente perdeu o dinheiro. Então, ao invés de fazer isso, a gente tem que trabalhar, quando me pede, por exemplo, está precisando de uma ambulância, o primeiro a colocar fui eu, botei uma ambulância nova logo no começo do governo deles, do Toyota, pedi logo para obter essa melhor. Ali tem uma situação de saúde que a gente está










