Autoproclamada ‘stalker’ de Bebê Rena processa Netflix por difamação e pede US$ 170 milhões

Fiona Harvey, a mulher que afirma ser a inspiração para a personagem Martha, a “stalker” da série “Bebê Rena”, está processando a Netflix. Ela pede uma indenização de US$ 170 milhões (R$ 895 milhões) por difamação. 

De acordo com a revista Variety, Fiona alega que sofre, além de difamação, inflição intencional de angústia emocional, negligência e violação do seu direito de publicidade. No processo, a mulher diz que a Netflix contou mentiras brutais a seu respeito.

“As mentiras que os réus contaram sobre Harvey a mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo incluem que Harvey é uma perseguidora condenada duas vezes a cinco anos de prisão e que Harvey agrediu sexualmente Gadd”, diz um trecho da ação. E completa: “Eles contaram mentiras, e nunca pararam, porque era uma história melhor do que a verdade, e histórias melhores dão dinheiro”.

“Bebê Rena” foi criada pelo comediante escocês Richard Gadd e é baseada em uma história real, vivida pelo próprio, de quando foi perseguido por uma stalker — e aqui o hábito de exportarmos expressões demonstra com clareza sua fragilidade, pois o que acabamos de dizer foi que ele era “perseguido por uma perseguidora”.

De 2015 a 2017, Gadd recebeu 1.071 emails, 350 horas de mensagens de voz, 790 mensagens em redes sociais e 106 páginas de cartas de uma mulher que passou a persegui-lo após ele atendê-la com gentileza no pub londrino onde trabalhava como barman. A mulher, segundo ela própria, era Fiona Harvey.

No dia 9 de maio, ela deu uma entrevista ao apresentador britânico Piers Morgan, para, segundo afirmou, “colocar as coisas em seu lugar”.

Foto: Divulgação