Feira de Santana registrou uma redução de 9,73% no número de homicídios no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. A 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), que engloba outros municípios da região, também apresentou uma diminuição nos índices de violência, com uma queda de 7,33%.
O delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coorpin de Feira de Santana, destacou a importância desses números.
Foto: Robson Nascimento
“Certamente houve uma redução de 9,73% especificamente em Feira e na Coorpin de um modo geral abrangendo todas as cidades, 7,33%. Então, é uma redução importante, expressiva”.
O delegado atribui esses resultados ao trabalho constante da Polícia Civil, que, junto com delegados, investigadores e escrivães, tem implementado um ciclo operacional contínuo na cidade. Ele enfatiza que essa redução não é acidental, mas fruto de um esforço coletivo.
“Muito trabalho tem sido feito. Destaco aqui o número de prisões, quase 350 só no primeiro semestre, feitas pela Polícia Civil.”
O delegado também mencionou que Feira de Santana liderou o ranking de prisões em duas ocasiões consecutivas.
“Estamos buscando cada vez números melhores. Sabemos que o crime organizado tomou todas as partes do mundo, não só Feira de Santana, e precisamos estar no combate constante.”
Dr. Yves ressaltou ainda o trabalho a curto, médio e longo prazo realizado pela polícia, que inclui operações para reprimir crimes e atividades educacionais, como palestras e seminários, para prevenir a entrada de jovens na criminalidade.
“Infelizmente, o tráfico está pegando adolescentes, e quando eles entram, acabam tendo dívidas com traficantes e morrendo de forma precoce.”
Ele destaca a importância da confiança da população na polícia, o que tem levado a um aumento no número de denúncias e informações fornecidas pela comunidade.
“Quando a população ganha confiança, busca mais a polícia, leva mais informações, e conseguimos atingir de forma mais precisa nossas operações.”
Sobre o combate ao tráfico de drogas, Correia afirma que 90% dos casos de homicídio estão direta ou indiretamente ligados ao tráfico. Ele reconhece a complexidade desse trabalho, que não pode ser realizado exclusivamente pela polícia, mas também envolve a colaboração das famílias e escolas.