Bahia ultrapassa marca de mil casos de febre oropouche

A Bahia ultrapassou a marca de mil casos de febre oropouche. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado registrou 1.039 casos da doença, nesta quarta-feira (18).

Ainda segundo a Sesab, os municípios com mais casos registrados são Ilhéus (139), Camamu (118), Amargosa (85), Gandu (82), Jaguaripe (79), que no total são 503 , cerca de 48,4% do estado. A capital Salvador contabiliza 16 registros.

 
O Ministério da Saúde (MS) confirmou duas mortes por febre do Oropouche no interior da Bahia. Como não havia relatos na literatura científica mundial, os dois óbitos foram as primeiras ocorrências no mundo. Os casos aconteceram nas cidades de Valença e Itabuna, sul do estado, e as vítimas eram mulheres com 21 e 24 anos de idade. Elas não possuíam comorbidades e tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

O vírus do Oropouche foi encontrado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue numa bicho-preguiça durante a construção da rodovia Belém-Brasília. De lá para cá, casos isolados e surtos foram relatados no país, principalmente nos estados da região Amazônica. Outros países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. A transmissão é feita principalmente por mosquito, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. A recomendação é evitar áreas com muitos mosquitos. Caso não seja possível, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele. Manter a casa limpa, removendo criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

Foto: Sociedade brasileira de medicina tropical/ Reprodução