BaianaSystem celebra o maior Carnaval de sua história; confira

Entre as apresentações de “Balacobaco – O Mundo Dá Voltas”, com o Navio Pirata, e os shows “Nossa Cultura em Primeiro Lugar”, o BaianaSystem realizou em 2025 o maior Carnaval de sua história. Após um pré-Carnaval em Recife e Sergipe, foram três desfiles vibrantes em Salvador, um show histórico no Marco Zero, em Recife, a estreia em São Luís e o encerramento deste ciclo, com o Navio Pirata entre mais de 600 mil pessoas em São Paulo. 

Um Carnaval que reafirmou e enalteceu a grandeza da cultura popular, possibilitando encontros com Anitta, Alice Carvalho, Otto, Karina Buhr, Enme Paixão, BNegão, Melly, Sued Nunes, Ágatha Macêdo, Pitty, Larissa Luz Vandal, Curumin e Luiz Carlos Bahia. “O ciclo do Carnaval, que foi construído no Nordeste e teve um lindo encerramento em São Paulo, só foi possível graças às pessoas que trabalharam e participaram com a gente. O Carnaval é isso, uma manifestação coletiva. A cada ano o mar de gente cresce e planejamos também aumentar a tripulação no ano que vem para acompanhar essa correnteza”, pontua o vocalista Russo Passapusso.

“Foi uma honra ser convidada em São Luís, não só por subir no palco com a minha banda favorita, mas por representar a musicalidade da minha cidade natal. Esse convite foi como um abraço do BaianaSystem para todos os artistas da cena maranhense”, diz Enme Paixão, convidada na capital do Maranhão. Um dia antes, em Recife, o grupo se apresentou após a Nação Zumbi, em um show histórico. “Tocar com o BaianaSystem, uma banda que amo, que é minha irmã, no Carnaval do Recife, em pleno Marco Zero, foi um presente muito especial. Qualquer forma de tentar descrever parece não dar conta, mas tinha tanta gente ali que de coração em coração a gente consegue dividir isso”, relembra Karina Buhr.

Tripulante frequente do Navio Pirata e parceiro antigo do Baiana, BNegão celebra a trajetória. “É uma felicidade bruta ver essa maravilha que é única. A gente circula pelo mundo inteiro em várias situações e eu posso dizer com todas as letras que não tem nada parecido com o Navio Pirata no planeta. É uma coisa sem precedentes para juntar essa quantidade de gente Avante, Navio Pirata. Salve, salve.”

Instrumentista representante da nova geração da guitarra baiana, Agatha Macêdo esteve nas duas apresentações no Campo Grande, em Salvador. “Tocar com o BaianaSystem neste ano de 2025 remete a muitas coisas para mim. São 10 anos que eu tô tocando profissionalmente, 75 anos de trio elétrico e tem uma banda que reverencia a guitarra baiana e traz ela de fato para o local dela de protagonista. É muito importante para mim. Foi uma realização de fã também, eu sou muito fã da banda e de Roberto [Roberto Barreto, guitarrista e fundador]”, reflete. Em Salvador também subiu ao trio a atriz Alice Carvalho, que participa de “Balacobaco”, faixa do mais recente trabalho do grupo, “O Mundo Dá Voltas”. Na abertura do Carnaval, em 27 de fevereiro, ela e Anitta mostraram a música ao vivo no Navio Pirata. “Inesquecível, para enquadrar e pendurar pra sempre na memória. Mais uma grande celebração desta parceria que já dura quase sete anos com o BaianaSystem — figuras que sempre me convidam ao frio na barriga, amizade de família. Este dia com Anitta, concretizando nosso ‘Balacobaco’, então… para contar pros filhos.”

Participação tradicional na abertura do cortejo em São Paulo, o poeta Luiz Carlos Bahia ressalta a importância da poesia no encontro com a pesquisa musical do grupo. “É como se fosse o coração pulsando, dando vida a movimentos. De repente o Russo abraçou a poesia, o poeta, o ator e a palavra, a palavra dita e a palavra cantada. A ideia cantada, a resistência cantada. E o poeta no palco também é a resistência, a arte, o ator, a palavra”

O rapper baiano Vandal, que no novo disco aparece ao lado de Pitty em “Cobra Criada”, também esteve em Salvador e São Paulo, em mais uma entre muitas participações com o BaianaSystem no Navio Pirata. “Este ano eu trouxe uma frase que permeou esse sentimento. Eu sempre falava ‘cada barco com seu capitão’. Onde a gente tá e aonde a gente quer chegar. É meio que um fincar de pensamento. Esse entendimento eu tive este ano, dentro do Carnaval, dentro dessa folia. Eu que sou um nascido no Carnaval. Acredito que este ano a gente teve um entendimento de que tudo se transformou, essas participações…Anitta, Sued, Melly, o corpo do Baiana, o próprio BNegão. Essa visão que a gente tem de cima do trio”, avalia.

Sua canção “Balah Ih Fogoh”, sempre presente no repertório do Navio Pirata, também foi se transformando diante _e através_ do público ao longo do tempo, diz Vandal. “Já era um grito na atmosfera do trap, mas este ano se transformou no grito do groove arrastado, do pagodão, a gente conseguiu construir isso diretamente com o povo”, diz. “Entendemos que o Navio Pirata navega no seu próprio mar de gente. Eu sou apenas um ponto de cultura dentro disso tudo, e eu entendo essas voltas que o mundo dá e que me colocaram em cima do Navio Pirata ao lado de Pitty, cantando ‘Cobra Criada’ ao lado do BaianaSystem”, finaliza.

Foto: Assessoria